Congelamento de Óvulos

Vários são os motivos para a mulher moderna adiar a gravidez. O maior tempo necessário para a formação profissional, como também o tempo necessário para que a mulher tenha uma estabilidade no trabalho são as causas mais comuns. A falta de um parceiro adequado em um momento considerado ideal para ter filhos, também é algo cada vez mais frequente. Outros projetos de vida que são incompatíveis com a gravidez e com a demanda gerada por filhos pequenos são outros motivos que podem levar ao adiamento da gravidez.

Preservação da Fertilidade

Veja um vídeo onde o Dr. Felipe Canavez explica o porque deve se congelar os óvulos e quais as mulheres com maior indicação.

O grande problema é que a qualidade e quantidade dos óvulos vão piorando rapidamente no decorrer dos anos. O momento de maior qualidade e quantidade dos óvulos, que representa o melhor momento da fertilidade está entre os 18 e 30 anos, fase que na maioria das vezes existem outras prioridades na vida das mulheres. Após os 35 anos começa a existir um piora considerável da fertilidade, que se agrava após os 37 anos. Outra grande preocupação além da diminuição da chance de engravidar com o passar dos anos é a maior chance de abortamentos espontâneos e problemas na saúde do bebê, como por exemplo a síndrome de Down.

O congelamento de óvulos pode ser considerado uma ferramenta do empoderamento feminino, pela liberdade de posicionar o momento da maternidade em concordância com os planos pessoais e profissionais da mulher. Ele é uma estratégia importante para o planejamento de como e quando a mulher deseja engravidar.

Como é o processo de congelamento de óvulos?

O procedimento completo de congelamento de óvulos pode ser dividido em alguns passos principais. São eles:

Estimulação ovariana

Consiste na administração de hormônios, que podem ser aplicados pela própria paciente, durante um período de aproximadamente dez dias. Este procedimento tem como objetivo potencializar o crescimento de um número maior de folículos (estruturas nos ovários onde os óvulos se desenvolvem) dentro de um mesmo ciclo menstrual, resultando na coleta de maior quantidade de óvulos, ao contrário do que ocorre na ovulação natural, com apenas um óvulo. Nesta fase ocorre os exames de ultrassonografia seriada, que tem como objetivo avaliar como os ovários estão respondendo a estimulação pelos hormônios.

Coleta dos óvulos

Cerca de 34 a 36 horas após a última aplicação hormonal orientada pelo especialista é realizada a coleta dos óvulos resultantes da estimulação ovariana. O procedimento é feito sob sedação e consiste em aspirar os óvulos utilizando uma pequena agulha acoplada a um aparelho de ultrassonografia (transdutor) via vaginal. A coleta leva aproximadamente de 15 a 20 minutos. A paciente não sente dor durante o procedimento, e após o procedimento normalmente uma dor de leve intensidade, podendo ser liberada para casa 2/3 horas após o procedimento.

Congelamento dos óvulos

Após serem aspirados, os óvulos passam por substâncias chamadas de crioprotetoras, que evitam a formação de cristais de gelo durante o congelamento. Os óvulos após coletados e devidamente preparado, são inseridos em um recipiente armazenador próprio, que possui nitrogênio líquido a 196°C negativos, em seu interior, para o congelamento, e ali fica armazenado.Quando a mulher desejar engravidar, os óvulos são descongelados. Atualmente, a taxa de sobrevivência dos gametas a esse processo é de cerca de 95%. No laboratório, os óvulos serão fecundados pelo espermatozoide do parceiro ou do doador, o que formará um embrião. O embrião viável — ou embriões viáveis — é transferido para o útero da paciente, a fim de completar o seu desenvolvimento.

Dúvidas frequentes

Isso dependerá de como o organismo da mulher reagirá à indução ovariana. Geralmente, o congelamento dos óvulos ocorre depois de 10 dias de tratamento medicamentoso.

Não há um limite de tempo para o armazenamento dos óvulos congelados. Existem casos nos quais a mulher engravida com óvulos congelados por mais de uma década. Essa durabilidade é possível quando a qualidade do material é preservada, isto é, quando o congelamento dos óvulos é realizado da maneira correta.

Se houver óvulos em quantidade e qualidade necessárias para o congelamento, ele pode ser feito em qualquer idade. Porém, quanto mais jovem for a mulher, melhor será a qualidade dos óvulos coletados e maiores as chances de uma gravidez no futuro.

Após a punção folicular a mulher pode sentir cólica, inchaço e pressão nos ovários, que podem permanecer por algumas semanas, em alguns casos. O procedimento raramente pode provocar infecção. O aumento da produção de hormônios pelos ovários, estimulado pelo uso de medicamentos hormonais, raramente também pode provocar o desenvolvimento de uma condição conhecida como síndrome da hiperestimulação ovariana, que pode resultar em alterações metabólicas ou problemas de maior gravidade, incluindo a trombose venosa profunda. No entanto, sua ocorrência é rara, pois várias medidas podem ser tomadas para evitá-la.

O custo varia bastante de clínica para clínica, mas caso você esteja considerando o congelamento social de óvulos para engravidar futuramente, independentemente do motivo, é fundamental buscar a orientação de um especialista em reprodução humana. Apenas um profissional poderá indicar se o procedimento é realmente necessário ou adequado para o seu caso.

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Anos de
Esperiência

Dr. Felipe Canavez

Sou médico, nascido em Volta Redonda, cidade onde fiz minha graduação em medicina. Realizei minha residência médica em Ginecologia e Obstetrícia na cidade do Rio de Janeiro, no Hospital Pedro Ernesto, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), este mesmo ambiente acadêmico que me levou a fazer o Mestrado na mesma Universidade. O contato com a vida acadêmica me levou a ser professor da disciplina de obstetrícia no curso de medicina em Volta Redonda por 10 anos.

Como primeira subespecialidade fui para área da cirurgia por vídeo, chamada de cirurgia minimamente invasiva, realizando pós-graduação no Hospital Fernandes Figueira, ligado a Fundação Osvaldo Cruz, também na cidade do Rio de Janeiro. Nesta época comecei a me interessar pelo estudo da Endometriose, doença que tem forte impacto na qualidade de vida e na fertilidade das mulheres.

Posso dizer que o interesse pela Endometriose me levou para minha segunda subespecialidade, a Reprodução Humana Assistida. Fui para São Paulo, fiz pós-graduação por 2 anos no Instituto de Medicina Reprodutiva de São Paulo (Clínica Gera), ligado a Universidade Paulista. Clínica que ainda mantenho vínculos profissionais e acadêmicos.

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