O que é infertilidade?

Infertilidade é a incapacidade de engravidar após tentar uma gestação durante o período de pelo menos um ano, tendo relações sexuais com frequência e sem o uso de preservativos ou outros métodos anticoncepcionais.

Quando buscar ajuda
de um especialista?

De modo geral, recomenda-se que os casais que tentam engravidar, chamados também de “tentantes”, esperem um determinado período antes de buscar ajuda médica, já que é normal que haja uma certa janela de tempo até que a reprodução possa acontecer.

Até os 35 anos de idade, as chances de uma paciente do sexo feminino engravidar são de cerca de 25%, sendo que essa taxa cai conforme a paciente envelhece.

A infertilidade  pode ser masculina, feminina ou combinada. Esta última ocorre quando ambos os componentes do casal apresentam algum tipo de dificuldade para engravidar.

A infertilidade pode ser primária, quando os integrantes do casal nunca tiveram uma gestação anterior, ou secundária, quando um deles (ou ambos) já teve filhos antes dessa tentativa.

Para maximizar a chance de engravidar, o casal deve ter relações sexuais com frequência nos seis dias antes e, sobretudo, nos três dias antes de os ovários liberarem um óvulo (ovulação). A ovulação geralmente ocorre na metade do ciclo menstrual, que ocorre aproximadamente 14 dias antes do primeiro dia da próxima menstruação.

Quais são as causas da Infertilidade?

Uma das principais causas, capaz de afetar pacientes de ambos os sexos, e que vem se tornando cada vez mais comum, com as famílias se constituindo mais tardiamente, é o envelhecimento. Os gametas (óvulos e espermatozoides) envelhecem e acabam apresentando mudanças que podem dificultar a gravidez ou a manutenção dela até o final.

Causas da Infertilidade feminina

Mudanças nas texturas do interior do útero da paciente, como endometriose e adenomiose;
Mudanças no formato do útero, como útero bicorno ou útero septado, e presença de pólipos uterinos;
Problemas nas tubas uterinas, como inflamação nas tubas (salpingite), além de obstruções nas tubas uterinas, que podem ficar colapsadas, impedindo que o óvulo chegue até o útero;
Problemas relacionados à ovulação;
Síndrome dos ovários policísticos;
Menopausa precoce;
Problemas de tireoide: hipotireoidismo ou hipertireoidismo.

Causas da Infertilidade masculina

Problemas de ejaculação, como ejaculação retrógrada;
Pouca mobilidade dos espermatozoides;
Infecções no aparelho reprodutor (como caxumba, prostatites e uretrites);
Alterações hormonais;
Varicocele;
Insuficiência testicular;
Alterações anatômicas.

É importante ressaltar que é relativamente comum que os problemas de infertilidade sejam associados em um mesmo casal. Por exemplo, a paciente pode ter síndrome dos ovários policísticos e o paciente pode ter varicocele. De modo geral, a infertilidade é uma condição multifatorial, em que inúmeras variáveis estão em cena e precisam ser investigadas a fundo.

Dúvidas frequentes

O principal sintoma de infertilidade é a dificuldade de ter uma gestação após um período de pelo menos um ano, tendo relações sexuais frequentes e sem o uso de métodos anticoncepcionais.

No entanto, a infertilidade também pode ser a dificuldade de manter uma gestação até o final, apresentando abortos espontâneos antes que o feto termine de se formar.

É importante ressaltar que não é um sinônimo de esterilidade (quando o paciente realmente não consegue conceber). De modo geral, a infertilidade é apenas a dificuldade de engravidar e não a incapacidade de fazê-lo.

De acordo com a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, quatro fatores podem causar a infertilidade. Entre eles:

  • Idade – recomenda-se evitar adiar muito a gravidez;
  • Doenças sexualmente transmissíveis – recomenda-se que sejam prevenidas e tratadas rapidamente;
  • Peso – deve evitar o baixo peso ou a obesidade
  • Tabagismo – é recomendável parar de fumar, já que o cigarro reduz a fertilidade.

Em grande parte dos casos, a infertilidade tem cura, independente do gênero. No entanto, é fundamental fazer a investigação para chegar a um diagnóstico e definir o tratamento adequado.

O diagnóstico para descobrir a infertilidade feminina inclui:

  • Avaliação da ovulação (história menstrual e dosagens de hormônios);
  • Estudo das tubas (histerossalpingografia);
  • Avaliação do útero (ultrassonografia transvaginal). 

Se houver suspeita de endometriose, podem ser necessários exames de sangue e de imagem (ultrassonografia com preparo intestinal).

Nos homens, a produção dos espermatozóides é avaliada através de um espermograma para analisar o volume do sêmen, o número, a concentração, a movimentação (motilidade) e a forma (morfologia) dos espermatozóides e a presença de inflamação.

Em alguns casos, podem ser necessários testes mais avançados, como a ressonância magnética, a laparoscopia, a histeroscopia e a avaliação genética.

O tratamento de infertilidade depende diretamente das suas causas.

Em alguns casos, somente o paciente do sexo feminino ou masculino será tratado para resolver a infertilidade, mas é comum que os dois integrantes do casal tenham que realizar tratamentos ou alterações em seu cotidiano (como perder peso ou mudar os hábitos alimentares) para ajudar a aumentar as chances de gestação.

Em alguns casos, a infertilidade é tratada com medicamentos que ajudam a regular o funcionamento dos hormônios ou por meio da realização de procedimentos cirúrgicos para corrigir alterações anatômicas e ajudar a aumentar as chances, não só de ter uma gestação, mas de mantê-la até o final.

Por fim, uma vez que a infertilidade não é sinônimo de esterilidade, novas técnicas médicas podem ser empregadas para auxiliar o casal a ter e a manter uma gestação. 

É o caso, por exemplo, da fertilização in vitro, em que a união do óvulo com o espermatozoide é feita em laboratório e o embrião obtido é inserido no útero preparado da mãe, para facilitar o processo.

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Anos de
Esperiência

Dr. Felipe Canavez

Sou médico, nascido em Volta Redonda, cidade onde fiz minha graduação em medicina. Realizei minha residência médica em Ginecologia e Obstetrícia na cidade do Rio de Janeiro, no Hospital Pedro Ernesto, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), este mesmo ambiente acadêmico que me levou a fazer o Mestrado na mesma Universidade. O contato com a vida acadêmica me levou a ser professor da disciplina de obstetrícia no curso de medicina em Volta Redonda por 10 anos.

Como primeira subespecialidade fui para área da cirurgia por vídeo, chamada de cirurgia minimamente invasiva, realizando pós-graduação no Hospital Fernandes Figueira, ligado a Fundação Osvaldo Cruz, também na cidade do Rio de Janeiro. Nesta época comecei a me interessar pelo estudo da Endometriose, doença que tem forte impacto na qualidade de vida e na fertilidade das mulheres.

Posso dizer que o interesse pela Endometriose me levou para minha segunda subespecialidade, a Reprodução Humana Assistida. Fui para São Paulo, fiz pós-graduação por 2 anos no Instituto de Medicina Reprodutiva de São Paulo (Clínica Gera), ligado a Universidade Paulista. Clínica que ainda mantenho vínculos profissionais e acadêmicos.

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